31 de janeiro de 2010

MANHÃ


Manhã submersa na bruma…
Ofuscante de oiro azul.
Afirmante promessa de um Adeus sem fim!
Aqui te vejo na Escuridão da luz,
Aqui te ouço no Olimpo da voz.
Onde te revelas? Onde te abres?
E a procura desperta um sol de Inverno.
Há quanto tempo procuro…
Ultrapassar as barreiras de Ferro?

Manhã submersa, escondida nos dias…
Revela-me o outro lado da Face.
Mostra-me a insensatez do momento,
Mostra-te nua, mostra-te fiel!

Manhã submersa na bruma, quem és?
Pauta de sons ocos, deprimentes,
Melodia de desespero no Fado da morte…

Manhã submersa em rios de negra cor…
Cavalos brancos amarrados ao céu.

Manhã submersa na bruma onde te vi?
Onde procurei em ti o dourado sonho?
Páginas de desventura que um dia escrevi,
Manto pobre em que me cobri…
E a manhã assim permanece,
Oculta em si, dona do mundo!
Passageira do Homem…

Manhã submersa na bruma…
Ofuscante de oiro azul.