A ausência de mim por entre estas grades…
Quase… o quase palpável desse mundo de infinitas possibilidades.
E eis-me aqui! Cru, frio, estanque!
Memória… de que me serve ela no alude cinzento dos dias?
Para quê ser fragata, ou, desova de ideias
Se é deserto, chumbo e gelo o que me cerca?
Cárcere composto pelas boas práticas,
Rácio de compressão humana.
Mentes brilhantes, essas, que de falácia em falácia
Guilhotinam no espectáculo da corte, a alma.
De que pode um Homem ser?
Entre a ditadura de duas ou três montras
E o espectáculo dos espelhos?
Mas eis que não estou morto! Ouve-se…
Entre outros aturdidos pregões de varina,
Um alguém que jura, como amante na noite,
Que é de cabimento a liberdade e a vida.