26 de junho de 2014

RUBO

(IMAGEM RETIRADA DAQUI)

Amoras silvestres… sonhos em frasquinhos amarelos,
Como o do perfume da tia Albertina.
Amoras silvestres… Cotovia de encontro aos farelos,
E o padre aninhado na batina.

As amoras são formosura quando de selvagens se tratam,
Mas logo são queimadura quando da liberdade as retratam.

Amoras silvestres… e a roupa pede brancura,
Quando ao sol a velha franzina a põe.
Amoras silvestres… mar alto de bravura,
Maresia de vontades que à verdade se opõe.

As amoras ao sol dos dias lembram doçura,
Mal se lhes cai a noite e suspiram amargura.

Amoras silvestre… que conto contado num encontro
Nunca entra em contraponto?
Amoras silvestres… figuras de tonto!
Quem quiser que lhe acrescente mais um ponto!