23 de outubro de 2012

PALAVRAS

(IMAGEM RETIRADA DAQUI)
 
 
"As PALAVRAS serão sempre mais do que o que eu sou, mas elas também nunca serão tudo aquilo que eu sou. Sinto-me como a água que, cristalina pousa na concha das mãos, mas que ao ser apertada se esvai por entre os dedos. É assim que eu amo a liberdade de estar com os outros.” - José Manuel Rodrigues Alves in “Palavras”.
  
Tantas são as formas que podemos desenhar com as palavras, tantos os silogismos que podemos construir com elas, outros tantos, deixaremos partir por entre elas.
 
As palavras, não somos nós e no entanto, é com elas e nelas que existimos, que não se confunda a liberdade de uma palavra com a sua, própria, liberdade.
 
Que nunca se aprisione pela palavra, porque a palavra que foi munida desse intento, é palavra que regressa sozinha.
 
As palavras podem e devem ser fortes, mas nunca rudes; podem e devem ser simples, mas nunca vulgares; podem e devem ser delicadas, mas nunca frágeis.
 
Em cada palavra há o encontro de um todo, e as minhas palavras são as tuas palavras, mesmo que nunca as sintas como eu.
 
No fim, todos nós unidos pelas palavras, somos e seremos sempre mais que elas, esse é o reduto da Liberdade do Homem.

Sem comentários: