(Caravaggio, Narciso, c.
1597, Palazzo Barberini, Roma.)
O espelho reflecte mil imagens cadentes
Translúcidas figurações de ti mesmo
O espelho reflecte mil imagens cadentes
Translúcidas figurações de ti mesmo
Voluntário e quebrado dos ossos
Ofegantes manifestações de um sentir ressequido
Que chãos pisarão teus pés homem dos Homens
Quando transportas nos poros a inércia galvanizada?
De que valem os Deuses se quebraste todas as crenças na razão pura do pensar?
Com ou sem rostos no ciclo do mundo
E tu
Que serás no espelho?