22 de fevereiro de 2012

POEMA INACABADO

(IMAGEM RETIRADA DAQUI)



No silêncio, ontem como hoje, as águas monstram-se nuas e cruas.
Já não ressoa neste abismo plástico o som da tua vóz…
Aos outros que firmam a dolorosa metamorfose como dádiva
Continuam selados e secos os meus lábios em ausência.

Estagnação de sentidos, agnosticismo total de mim, caramba!
Mas já nem o grito é fero, ou, o murro premente…
Quedo-me, consciente repudio de todos os horizontes…
Afinal, não são eles todos iguais à passagem da estratosfera?

Ao fundo… a luz frágil e trémula dança em busca de par.
Ah! Se ao menos meus pés quisessem dar um passo…