(IMAGEM FOTOGRAFADA E TRABALHADA PELA GESTORA DO BLOGUE)
Lémures vidrados de palha seca restolham nesses montes
Bem-aventuradas sejam essas escumas do desar ante o sol
Que eu canto aos velhos ventos da humana ordem
Estiada papoila de verde esgrimo e acutilado apuro
Desova de novos divos pululam por aí adiante em bagalhoça
Caldeando em ferro frio vindouras fés da alimária força
Mas eu sou parco de
crença e gasto de entulho podre
E nestes ossos velhos só já cabe uma mão esgarça de pó
Em argúcia as anosas deploram ao astro rei os dias de
romaria
Borbulham viperinas agarradas a esse deus que ignoram
Mas que velam e veneram entre ecos da devassa vizinha
Pias no negrume dos seus xailes descorados de maridos
O Homem vivo e carnudo basta-me hoje como ontem
Sempre foi forte o gosto por uma lingueta de cores
Um nacarado de sangue e um rendilho de músculos
Para plenificar a ardósia divindade de se ser inteiro
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