29 de novembro de 2012

PELÍCULA

(IMAGEM RETIRADA DAQUI)



A ausência de mim por entre estas grades…

É curta a distância que me separa da realidade dos outros.

Quase… o quase palpável desse mundo de infinitas possibilidades.

E eis-me aqui! Cru, frio, estanque!



Memória… de que me serve ela no alude cinzento dos dias?

Para quê ser fragata, ou, desova de ideias

Se é deserto, chumbo e gelo o que me cerca?



Cárcere composto pelas boas práticas,

Rácio de compressão humana.

Mentes brilhantes, essas, que de falácia em falácia

Guilhotinam no espectáculo da corte, a alma.



De que pode um Homem ser?

Entre a ditadura de duas ou três montras

E o espectáculo dos espelhos?



Mas eis que não estou morto! Ouve-se…

Entre outros aturdidos pregões de varina,

Um alguém que jura, como amante na noite,

Que é de cabimento a liberdade e a vida.




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