13 de junho de 2011

ESCOLHER PARA DISFRUTAR

(Imagem retirada aqui)


As escolhas são um dos calcanhares de Aquíles do Homem. Numa panóplia de "ses" é sempre dificíl seguir um caminho, especialmente, quando todos se querem e nenhum se alcança e isto porque, fieis á nossa condição, nos sentamos no meio da praça em profunda espera meditativa do... nada.

Saint-Exupéry é um daqueles homens raros, de espinha dorsal bem contruída, deixou aos homens mais rotas do que as que ele próprio percorreu enquanto piloto.

A Cidadela é um livro extrordinário, simples e contudo vasto na sua humanidade meditativa e acima de tudo vivencidada, aqui fica um trecho:

"A angústia invade quer o inquieto, exclusivamente deslumbrado por aquilo que arde com uma luz vaga, quer o poeta cheio de amor pelos poemas que nunca escreveu o seu, quer a mulher apaixonada pelo amor, mas incapaz de devir por não saber escolher. Eles bem sabem que eu os curaria da angústia se lhes permitisse esse dom que exige sacrifícios e escolha e esquecimento do universo. Porque determinada flor é, em primeiro lugar, uma renúncia a todas as outras flores. E, no entanto, só com esta condição é bela. É o que acontece com o objecto da troca. E o insensato, que vem censurar a esta velha o seu bordado, sob o pretexto de que ela poderia ter tecido outra coisa, demonstra com isso que prefere o nada à criação."

Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"  - o texto supra foi retirado do Citador

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