(IMAGEM FOTOGRAFADA E TRABALHADA PELA GESTORA DO BLOG)
Só um grande amor consegue ter em
folha a sua linha de papel
Só uma grande vontade consegue fazer
das garras rosas
Fugazes pétalas de um ser que se
acende
Dentro fora, fora dentro,
monocórdico tempo de um alguém
Dizem que há viagens sem regressos
Como naus de destino sem fim
Daquelas que se esvaecem adentro
Em febril e singular tormenta
Só um grande desejo acende esse
homem
Talvez por não saber que a bola que
lhe saltita nas mãos é tão-somente o mundo
Mas porque se reconhece nos passos
vazios e ocos da lira dos sentidos
Só uma grande luz se apaga na
escuridão cevada da voz
Não por se quedar, antes, por ganhar
asas e voar
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