FAZ FRIO
Por entre o olhar vazio dos corvos
FAZ FRIO
Nas folhas do papel que não quis ser
FAZ FRIO
Nas entrelinhas estéreis da razão
FAZ FRIO
No eco dos fantasmas perdidos nos dias
FAZ FRIO
No medo alado ao sabor do infortúnio
FAZ FRIO
No semblante dorido do lobo que aguarda o desferir de mais um golpe
FAZ FRIO
No homem que se apartou da singeleza do ser
FAZ FRIO
De mim, de ti, de nós no desassossego do sentir
FAZ FRIO
Porque de frio nos vestimos uma vida inteira
Crentes na lógica matemática de um lugar no céu dos deuses e nas estátuas dos homens
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