(Eugène-Henri-Paul Gaugin : Mahana no Atua - 1894.)
Busco em ti a metáfora de verdades inverosímeis.
Há como que uma constatação fatídica do sempre igual
e eu descrente nas promessas dos deuses procuro em ti
a derradeira centelha do diverso, do colorido, do abismal enlace incógnito,
tal qual, libelinha frenética no imenso azul do céu.
Em consciente renúncia da razão, verto por todo o conhecido
ácido em proporções de mar na esperança de te sentir nu
dessa argamassa pungida dos tempos, dos homens e dos espelhos.
Não entrarão na epopeia números ou planos de arquitecto,
nem poderão as estrelas servir de guia a esta campanha.
Pois sobre mim derramei a última das mais firmes vontades,
a de chegar a ti, Homem ,escorrido do ventre e limpo de pulmões,
a quem se quedaram promessas de eternidade.
4 comentários:
GENIAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
VAMOS COLOCAR OS IDOSOS NA CADEIA ...
UMA IDEIA A EXPLORAR?
Veja no http://vindodospampas.blogspot.com/
Li e adorei...
Parabéns pelo blogue!
Abraço
Obrigado Luz Efemera pelo comentário.
Vindo das Pampas,
Não é uma ideia que eu explore, a não ser que falássemos das ideias idosas e decrépitas sobre o Homem, que é mais, muito mais que carne e ossos.
Obrigado pela visita.
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