7 de maio de 2010

RUPTURA


A ruptura é sempre imprevista,

Com seus sais e sua mística.

Por mim foi algures perdida.

Por mim foi em tempo sofrida.



Jamais saberei porque o sou,

Pássaro vagueando ao luar,

Bolha na tuna do mar.

Ais do que me dou.



O sofrimento é sempre meu,

Mesmo que ao outro diga respeito.

Mas este ácaro de efeito,

Diz-me sempre quem perdeu.



Que seja a madrugada o meu levar,

O meu imaturo desejo de voar.

Eu quero ir ao fim do mundo,

Tacteá-lo e sentir o seu fundo.



Eu quero mergulhar no turbilhão,

Contar e recontar a razão.

Revirar e rodopiar, acordar

E… sentir-me respirar.

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