Não te escondas…
Há labirintos como sedes de vitórias
Nenúfares naufragando á costa mar
Espaços vazios sem sentido para parar
Libelinhas frenéticas na roda dos sentidos
Há marcas de néctar nas glórias
Como espadas de histórias nos mitos perdidos
Não te escondas…
Dá um balanço em direcção ao infinito
Solta as candeias avessas aos auguros
Trepa, rebola e recolhe esses muros
Nada de nada te impede de rir
Luz que trespassa o pequenito
E vem de longe ver-te partir
Não te escondas…
Há chama nas clarabóias da vida
Mastro de velas ao luar
Pirilampos sacudindo o ar
Sonhos livres de fraquinhos
Cabelos ao vento em cela sentida
Grilos gritando aos pouquinhos
Não te escondas…
As searas brotam selvagens
Ante a cozedura dos avatares
Chega, não lamentes os azares
Que o caminho se faz caminhando
Sem a ceifa das vagens
Mas com o clarear do teu mando.
Não te escondas, entra e deixa-te ficar.
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