15 de julho de 2010

NÃO TE ESCONDAS



Não te escondas…

Há labirintos como sedes de vitórias

Nenúfares naufragando á costa mar

Espaços vazios sem sentido para parar

Libelinhas frenéticas na roda dos sentidos

Há marcas de néctar nas glórias

Como espadas de histórias nos mitos perdidos

Não te escondas…

Dá um balanço em direcção ao infinito

Solta as candeias avessas aos auguros

Trepa, rebola e recolhe esses muros

Nada de nada te impede de rir

Luz que trespassa o pequenito

E vem de longe ver-te partir

Não te escondas…

Há chama nas clarabóias da vida

Mastro de velas ao luar

Pirilampos sacudindo o ar

Sonhos livres de fraquinhos

Cabelos ao vento em cela sentida

Grilos gritando aos pouquinhos

 
Não te escondas…

As searas brotam selvagens

Ante a cozedura dos avatares

Chega, não lamentes os azares

Que o caminho se faz caminhando

Sem a ceifa das vagens

Mas com o clarear do teu mando.

Não te escondas, entra e deixa-te ficar.


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