28 de julho de 2010

DIZEM-ME




Dizem-me, sou presente com armadura de passado.

Ah! Quem dera que a lógica simplista fosse assim, bucólica

Como o milhafre em vaga de horizonte.



Mas as vielas da vida contam outros andrajos.

A pele que nos cobre é sempre mais que a lisura do mármore

E os passos, certos ou errados, nunca são iguais.



Dizem-me, o coração vive de lógicas matemáticas.

Como se ele não fosse arritmia e bombear,

Mas relógio servo e coloquial.



Podem-me podar as verdades á laia de verdade maior.

Podem me toldar os pensamentos à força de um pensamento maior.

Mas no coração não me bolem, sou ser construído!

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