31 de agosto de 2010

PLACITUDE








E amanhã talvez te soltes com o olhar vago das maresias

Hoje não que é tempo de labuta

E a inquietude fugidia joga o enlace do imberbe

Talvez condenes os homens pelo semblante das vias

Mas nunca pelas fugas dos seus deleites

Amanhã quem sabe chegarás ao que resta de soltura

Como utopia nodulosa de verdura

Visco ardente de sangue alma e frontaria

Mas hoje não que é desperdício de sentido

E chegará o tempo em que sem mãos

Julgarás os céus pelo momento perdido

Mas hoje não que é hora da cozedura do pão

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