A vida discrimina mansamente a chagas que acolhes.
Os corvos pairam no tronco nu, seco ardil, áspera metamorfose
De um caminho que se queria simples, sem ventos nem
tempestades,
Só passos e ecos de voz na sinonímia perfeita e intacta de
ser e corpo.
Mas a vida não espera caminhos, não segue passos, não ouve
vozes…
E ao fundo, no tremor de que o medo orne os senhores das
trevas,
Ajoelhas-te em busca da salvação num deus que não conheces e
negas-te.
Que querias tu deste fim? De que massa são feitos os teus
ossos?
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