25 de abril de 2009



Só um grande amor consegue ter em folha a sua linha de papel
Só uma grande vontade consegue fazer das garras rosas
Fugazes pétalas de um ser que se acende
Dentro fora, fora dentro, monocórdico tempo de um alguém
Dizem que há viagens sem regressos
Como naus de destino sem fim
Daquelas que se esvaem a tempo
Em igual e singular tormenta
Só um grande desejo acende esse homem
Talvez por não saber que a bola que lhe saltita nas mãos é tão-somente o mundo
Mas porque se reconhece nos passos vazios e ocos da lira dos sentidos
Só uma grande luz se apaga na escuridão sentida da voz
Não por se quedar, antes, por ganhar asas e voar!

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